Integração das crianças na Escola
Tradicionalmente a educação especial circunscrevia-se nas escolas especiais separadas do sistema de ensino regular e justificada pela visão determinista da deficiência.
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Na verdade, se por um lado os efeitos das deficiências físicas e sensoriais eram deterministicamente atribuídos ao próprio indivíduo. ("Uma vez deficiente, deficiente para sempre") e as dificuldades sentidas por este tipo de alunos na escola, qualquer criança ou jovem com marcadas dificuldades físicas, sensoriais, mentais, comportamentais ou de comunicação, era claramente considerado como qualitativamente diferente do resto dos alunos, com características consideradas inalteráveis e permanentes e, como tal, fazia sentido a existência de um sistema educacional separado do ensino regular.
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Na década de 70, um pouco por todo o mundo ocidental, o movimento do alargamento da escolaridade obrigatória a todas as crianças faz um sentido adaptado às suas necessidades individuais.
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Contudo, legislação portuguesa, o próprio DL 329/91, de 23 de Agosto, na Lei de Bases do Sistema Educativo, começa por se preocupar com o "principio de que a educação das crianças com necessidades educativas especiais (NEE), deve processar-se no meio menos restritivo possível", em estabelecimentos de Ensino Regular Público.
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Só a partir de meados da década de 80 surge uma filosofia de "integração" educativa como opção base na maioria dos países, defendendo que o ensino das crianças com dificuldades educativas especiais deve ser feito no âmbito da escola regular.
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