BB Fundadora
Mensagens : 1791 Pontos : 5269 Data de inscrição : 19/10/2013
| Assunto: Depois de Te Haver Criado, a Natureza Pasmou A mãe Qua 23 Out 2013, 08:15 | |
| Depois de Te Haver Criado, a Natureza Pasmou A mãe, que em berço dourado Pôs teu corpo cristalino, É sup'rior ao Destino, Depois de te haver criado. Quando Amor, o Nume alado, Tua infância acalentou, Quando os teus dias fadou, Minha Lília, minha amada, A mãe ficou encantada, A Natureza pasmou.
Deve dar breve cuidado, Motivar grande atenção, A um Deus a criação, Depois de te haver criado. Deve de ser refinado O engenho que ele mostrar Desde o ponto em que criar; Cuide nisto a omnipotência, Porque, ao ver a sua essência, A Natureza pasmou.
Ao mesmo Céu não é dado (Bem que tanto poder goza) Criar coisa tão formosa Depois de te haver criado. Naquele instante dourado, Em que teus dotes formou, Apenas os completou, Arengando-lhe o Destino, Em um êxtase divino A Natureza pasmou.
O Céu nos tem outorgado Quanto outorgar-nos podia; O Céu que mais nos daria Depois de te haver criado? Ninfa, das Graças traslado, Ninfa, de que escravo sou, Jove em ti se enfeitiçou, Cheio de espanto e de gosto, E absorta no teu composto A Natureza pasmou.
O teu rosto é adornado Dos prodígios da beleza; Foi um deus a Natureza Depois de te haver criado. Pôs em teu rosto adoçado O que nunca o Céu formou; Ela a Jove envergonhou Nesse deleitoso espanto, E de ter subido a tanto A Natureza pasmou.
Todo o concílio sagrado Do almo Olimpo brilhador, Subiu a grau sup'rior Depois de te haver criado. Da meiga Vénus ao lado O teu ente a nós baixou, Ente que Jove apurou, Ente de todos diverso; Assombrou-se o Universo, A Natureza pasmou.
| |
|