«sono de bebé»

Achamos que a expressão «sono de bebé» quer dizer «dormir muito bem» só até termos o primeiro filho. Muitos bebés custam a adormecer, não dormem a noite toda e fazem sestas que não chegam para os pais respirarem fundo. Um estudo recente dizia que se perde seis meses de sono nos dois primeiros anos de vida do filho. E ninguém garante grandes melhorias depois dessa idade.

Pediatras, psicólogos e outros especialistas têm procurado com afinco a receita perfeita para pôr um bebé a dormir a noite toda. As prateleiras estão cheias de livros com teorias sobre o sono das crianças, mas o Santo Graal da parentalidade ainda parece longe de alcançar.
Uma coisa é certa: os bebés adormecem mais facilmente ao colo. De preferência da mãe. É compreensível. Já conhecem o ritmo do bater do coração, o cheiro, a respiração, o toque. Sentem-se seguros. E as mães não se importariam de serem as camas dos seus fi lhos, assim a vida (e os braços) permitisse. O problema é que ao pô-los no berço acordam imediatamente. Geralmente porque é cedo de mais. Até adormecerem profundamente,
os bebés passam por uma fase de sono muito leve. São cerca de 20 minutos em que qualquer barulho, qualquer movimento, os pode acordar. Se, durante essa fase, forem deitados na cama, é natural que despertem.
Há muitas estratégias para ajudar um bebé a adormecer sem dramas: definir uma rotina diária que o acalme, contar uma história, dar-lhe um boneco, ligar uma luz de presença. Mas o que resulta mesmo, quem tem filhos sabe, é deixá-lo dormir na cama com os pais. Uma medida muito controversa, que tem tantos defensores como detractores: há quem considere que isso põe em risco a autonomia e a independência da criança (e o casamento dos pais) e quem defenda que as famílias sempre dormiram juntas (e que obriga os pais a usarem a imaginação). Não vale a pena procurar nos livros. A resposta certa está na cabeça de cada um.

Fonte: Pais&filhos