Consequências da falta de atendimento
Se a criança sobredotada não encontra um meio familiar, social ou escolar propício para a aceitação e desenvolvimento harmonioso da sua potencialidade, nem lhe são facultados os apoios necessários e adequados, a criança ou jovem poderão apresentar comportamentos preocupantes como:
A nível socio-emocional podem surgir:
agressividade, hostilidade, atitude defensiva
baixa auto-estima
imaturidade social
rejeição de valores
atitudes anti-sociais
descrença em si próprio
sentimento de inferioridade
isolamento
atitude passiva
falta de autoconfiança
culpabiliza os outros
atitude insultuosa
tendências suicidas
procura da marginalidade
Na escola poderão apresentar:
falta de sucesso, baixos resultados
falta de persistência
falta de hábitos de trabalho
culpabiliza o professor pelos seus insucessos
atitude negativa em relação à escola
resultados baixos apesar de ter QI elevado
agrupa-se com colegas também insatisfeitos
irrequieto, desatento, perturbador
irreverente e malcriado
No seu relacionamento familiar, poderá haver tendência para:
isolamento
agressividade
intolerância
sente-se rejeitado
instabilidade emocional
desobediência e arrogância
Alguns casos poderão originar apenas frustração, outros tornar-se-ão mais graves e trágicos, mas todos eles representam um enorme desperdício de capacidades, de recursos, uma injustiça social, uma penalização imerecida, uma possível ameaça para a sociedade originada pela incapacidade dessa mesma sociedade de se auto-renovar nos seus conceitos, empurrando para a marginalidade e para a frustração pessoal jovens com muito de benéfico para dar à comunidade, tornando-se a eles e às suas famílias focos da infelicidade.
Os pais podem não estar muito interessados em saber se os filhos são ou não sobredotados, não querendo o "rótulo" para os seus filhos, mas quando os primeiros sinais de alarme surgem recorrem a tudo e todos, conscientes que estão de que algo grave foi omitido e tem de ser remediado.
No entanto, não devem esperar pelos 12 ou 13 anos, altura em que o problema se agudiza. Aos 6 ou 7 quando os primeiros sinais começam a ser transmitidos é preciso estar atento, permanecer alerta e recorrer a ajuda se necessário.
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