Quando nascem, todos os bebés trazem os olhos cinzentos-azulados

"Quando nascem, todos os bebés trazem os olhos cinzentos-azulados e mantêm o mistério da cor até aos seis, sete meses..."






Serão castanhos, verdes, azuis? Quando nascem, todos os bebés trazem os olhos cinzentos-azulados e mantêm o mistério da cor até aos seis, sete meses. Chamam-lhes «olhos de leite», porque, geralmente, permanecem neste tom enquanto o bebé mama em exclusivo. Mas não é o leite materno que determina a coloração da íris. No código genético, herdado pelo pai e pela mãe, a cor dos olhos já está definida à nascença, depois, o Sol faz o resto. A pigmentação dos olhos é estimulada pela exposição solar e demora cerca de seis meses a desenvolver-se. Na mesma altura, o branco dos olhos, que até aqui era meio acinzentado, fica branco, mesmo branco.
Muitos bebés têm sempre os olhos com aspecto remeloso, devido à imaturidade do canal lacrimal, que entope facilmente. Limpá-los é uma grande questão para os pais. A fragilidade de uns olhos tão doces e pequenos assustam, mas não há que ter receios. A limpeza dos olhos deve ser feita com soro fisiológico, numa compressa, uma para cada olho, e no sentido nariz-orelha, para não empurrar as secreções para o canal lacrimal.
E que vêem os bebés quando nascem? O suficiente para chegar à mama da mãe e apreciar o seu rosto sempre que estão ao colo. Ou seja, conseguem ver nítido a uma distância entre 20 a 30 centímetros. A Natureza pensa em tudo. Sabe-se também que distinguem melhor os grandes contrastes, daí que prefiram imagens com preto e branco. Também são capazes de distinguir as cores primárias claras (vermelho, amarelo e azul), mas as células para a visão das cores só se encontram totalmente desenvolvidas ao fim de alguns meses. Alguns estudos têm demonstrado que os bebés adoram ver a face humana. Aliás, preferem-na a qualquer outra imagem. E gostam mais de ver um rosto risonho do que um zangado. A partir dos quatro meses, a capacidade de verem com nitidez é praticamente total. E querem observar tudo o que os rodeia. Embora continuem a preferir – e continuarão durante muito tempo – o rosto dos pais.