A música tem um importante papel na formação da criança, uma vez que, além de adquirir sensibilidade aos sons, ela desenvolve diversas qualidades, como concentração, coordenação motora, socialização, respeito a si e ao grupo, disciplina e outras características que colaboram na formação do indivíduo. Quando as crianças participam numa aula de música e, por exemplo, têm de trocar os instrumentos, estão a aprender a dividir. São, por conseguinte, trabalhadas várias situações de convivência em sociedade, além de trabalhar os sentidos da audição, visão, tacto e vocabulário. A criança que vive em contacto com a música, aprende a conviver melhor com as outras crianças e estabelece um meio de se comunicar muito mais harmonioso do que aquela que é privada da música.
Andrzes Janicki, médico polonês especializado em musicoterapia, concluiu que a música influencia nas funções de numerosos órgãos internos, na função psíquica e na memória. Tais influências revelam-se diretamente no ritmo cardíaco, pressão arterial, secreção do suco gástrico e no metabolismo. O que significa que quem tem contacto com a música, por diversas formas, pode sofrer menos com stress e com o medo, problemas considerados como “doenças da modernidade”.
Contudo, o desenvolvimento das aptidões musicais nas crianças em idade pré – escolar pode ser moroso. A aquisição e desenvolvimento da fala é normalmente mais célere e com resultados práticos mais imediatos. Ou seja, o desenvolvimento das aptidões musicais tem de ser visto pelo educador / professor e pelos encarregados de educação como um empreendimento a longo prazo. Este processo significa uma assimilação regrada de pequenas conquistas musicais, como o desenvolvimento das capacidades rítmicas, do conhecimento do corpo (movimento e dança) e do mundo que rodeia a criança.