Elsa Fundadora
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| Assunto: Vacinação não é inútil Seg 30 Set 2013, 20:06 | |
| A diminuição de doenças infeciosas mortais, alcançada com a vacinação de grandes grupos populacionais, leva alguns pacientes e familiares a não se vacinarem por acharem esta medida inútil, decisão esta que necessita de ser evitada. O alerta consta de um estudo publicado na Ata Médica Portuguesa, intitulado “Efetividade Clínica e Análise Económica da Vacinação Preventiva”, realizado pelo diretor do Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência (CEMBE), António Vaz Carneiro. "A vacinação de massas constitui uma das mais eficazes medidas preventivas, jamais desenvolvida pela humanidade e tem um lugar especial nos chamados milagres da medicina”, defendeu o seu autor, explicando que devdio ao “decréscimo de doenças infeciosas mortais no passado, irrompeu um fenómeno paradoxal, em que pacientes e familiares pensam que a vacinação é agora inútil e não se vacinam, com as consequências daí decorrentes”. Para contrariar esta tendência, António Vaz Carneiro considera que “é fundamental a disponibilização de informação de alta qualidade sobre as vantagens da vacinação preventiva, que possa ser disseminada socialmente”, especificando: “Importa melhorar e desenvolver os sistemas de vacinação de massas, com recurso a investigação de alta qualidade e estudos, incidindo nas patologias mais prevalentes, mais relevantes e mais consumidoras de recursos”. No estudo, a que a agência Lusa teve acesso, o autor aborda as questões éticas da vacinação de massas, a qual “tem gerado controvérsia ética e filosófica à volta da legitimidade do Estado e governos aplicarem, universalmente a todos os cidadãos, uma medida preventiva não isenta de riscos clínicos”. De acordo com o estudo, “cerca de 99 por cento das doenças prevenidas por vacinação desaparecerem dos países desenvolvidos”. AA imunização generalizada conseguida pela vacinação de massas “permitiu, por exemplo, o desaparecimento da varíola, sendo anualmente salvas a nível mundial mais de cinco milhões de vidas pela vacinação contra a poliomielite, tétano e sarampo”. | |
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